Em 1982 uma notícia chocava o meio evangélico. Um dos grandes nomes da música evangélica estampava as páginas policiais nos grandes jornais americanos. Cena que até hoje a gente ver no meio gospel, o ser humano sempre suscetível ao erro. Erro que não deve ser cultuado, nem julgado, mas repreendido, examinado e curado.
LOS ANGELES – O cantor e compositor gospel Andrae Crouch foi preso na sexta-feira por posse de cocaína e drogas perigosas.
Crouch, que na época tinha 40 anos, já tinha vencido cinco Grammys com seu grupo Andrae Crouch and the Disciples, escreveu várias canções conhecidas, incluindo ‘My Tribute’, (versão A Deus Seja a Glória, regravada por Victorino Silva e Meu Tributo do Renascer Praise no Brasil) ‘The Blood’ e ‘Through It All’.
O cantor foi parado pelos delegados do xerife na Marina Freeway às 2h40 por dirigir irregularmente e policiais que revistaram seu carro encontraram a droga dentro. Ele foi preso e solto várias horas depois, sob fiança de US$ 2.500.
Crouch, que mora na área de Woodland Hills, começou a cantar e tocar piano na Igreja de Deus em Cristo, pastoreada por seu pai na vizinha Pacoima.
Seu primeiro álbum, no qual tocou piano e compôs a música, foi para um grupo de cantoras, incluindo sua irmã Sandra, chamado COGICS. No início dos anos 1970, ele formou The Disciples, cujos membros também incluem Danniebelle Hall, que agora é um conhecido solista gospel.
Seu estilo original era o black gospel antiquado, mas evoluiu para uma mistura mais eclética de sons pop e rock.
Andraé Crouch, morreu aos 72 anos em 2015, foi o cantor gospel mais famoso de sua geração, bem como um arranjador vocal, compositor, líder de coral e pastor de sucesso. Embora fosse mais conhecido do público em geral por seu trabalho coral no hit “Man in the Mirror” de Michael Jackson (1988), Like a Prayer de Madonna (1989) e a trilha sonora do filme da Disney The Lion King (1994), sua paixão era pela música que expressava sua fé e pelo trabalho menos glamoroso de pregação e ensino em sua igreja.
Crouch foi inspirado tanto pelo pop contemporâneo, rock e R&B quanto pelo gospel tradicional, e sua carreira de artista decolou no circuito da igreja branca. Conseqüentemente, para alguns puristas da música gospel, ele parecia menos autêntico do que seus contemporâneos mais corajosos, como James Cleveland, que tocava quase exclusivamente em sua própria comunidade.