Num tempo onde o que conta é ser politicamente correto, tornou-se comum encontrarmos entre os evangélicos a defesa de cultos inter religiosos. Digo mais, devido ao desejo de uma sociedade mais inclusiva, pastores, bandas e líderes de denominações distintas tem defendido a relativização de algumas doutrinas bíblicas, cedendo assim a pressão de parte da sociedade, que em nome do amor tem defendido o ecumenismo.
No meio Rock / Heavy Metal evangélico já é comum ver pessoas de religiões divergentes do protestantismo. Uma amizade atrativa, perigosa e com consequências anti-bíblicas. Muitos começam por um simples fato de não se opor a uma religião que fala de um mesmo “deus”, mas acabam caindo em um precipício. Uma cultura de muitos anos que precisa ser revista. Muitas bandas, cantores, pregadores no meio underground, nesses últimos anos estão se acovardando, de certa forma se esquivaram de pregar determinados temas por medo, isso mesmo, medo de ferir o amigo, o fã da banda que é de uma outra religião cristã, porém não seque a verdade bíblica. Um exemplo muito claro é que, vemos algumas bandas Católicas Romanas circulando e até ministrando em templos evangélicos, participando de shows ao lado de cantores gospel, vendendo disco no mesmo “bloco gospel” da loja como se fossem convertidos ao Senhor Jesus. Ou seja, se igualando. Vale lembrar que, estamos levando a mensagem no Rock / Heavy Metal, porém o evangelho continua e deve continuar na íntegra, sem ocultar ou sobrepor temas as outras religiões. Não está errado termos amizades com pessoas de religiões divergentes, porém se omitir a pregar a verdade bíblica ou cultuar é anti-bíblico e precisamos alinhar isso urgentemente.
Apenas use o palavra na hora certa e no momento certo com direção do Espírito Santo.
Diante disso, separamos três motivos básicos porque não é correto a celebração de cultos ecumênicos entre adeptos do protestantismo e outras religiões:
1 – As Escrituras afirmam que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que ninguém pode chegar a Deus, senão por Ele.(João 14:06). Em outras Palavras isso significa dizer que não existe possibilidade de que ninguém se aproxime de Deus a não por Cristo. Um culto ecumênico se contrapõem a essa verdade, considerando como mediador outro que não seja Cristo, (I Timóteo 2:05) colocando, portanto, em check a afirmação bíblica de que não existe salvação em nenhum outro nome. (Atos 4;12)
2 – Não existe unidade espiritual entre a verdade que é Cristo e outras divindades. Assim como luz e trevas não podem coexistir no mesmo ambiente, não é possível um culto com aqueles que negam a salvação exclusivamente pela graça de Cristo Jesus. (Efésios 2:1-10)
3 – A participação de um culto numa espécie de convivência cobeligerante em favor de Deus, contribui para que o não cristão acredite que toda religião é boa e qualquer que seja a sua crença, no final das contas o levará a presença de Deus, o que do ponto de vista bíblico é uma falácia. As Escrituras nos ensinam que a única possibilidade do homem ser salvo é mediante Cristo. (Atos 16:31)
Para terminar essa breve reflexão, afirmo que lamentavelmente a teologia liberal e seus teólogos relativistas tem contribuído com a frouxidão doutrinária de boa parte da igreja brasileira. Infelizmente o número de evangélicos que tem relativizado as Sagradas Escrituras em detrimento de uma teologia extremamente equivocada se multiplica a olhos vistos. Sem sombra de dúvidas os conceitos liberais têm adoecido e sufocado o Corpo de Cristo, injetando no coração dos cristãos, valores que se contrapõem aos ensinos bíblicos.
Em tempos difíceis como o nosso precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim conseguiremos corrigir as distorções provocadas pelo liberalismo teológico que tantos males tem feio a igreja de Cristo.
Texto: Renato Vargens (com adaptação)