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Um jovem cristão copta de 27 anos foi assassinado no Sinai Egito, no sábado passado (13), após militantes jihadistas encontrar uma tatuagem com uma cruz no seu pulso.
Bassem Herz Attalhah estava acompanhado pelo seu irmão, Osama, que escapou dos assassinos por sorte. Os irmãos Attalhah estavam voltando do trabalho em companhia de um colega muçulmano, quando foram abordados por três homens com blusões pretos.
“Pensávamos que eram polícias, porque não usavam máscaras”, explica Osama. Mas quando os homens se aproximaram pediram a Bassem que lhes mostrasse o pulso, e viram uma pequena cruz tatuada.
Os cristãos egípcios, conhecidos como coptas, têm o hábito de tatuar cruzes no pulso ou na mão quando chegam à adolescência. A tatuagem, feita tanto por mulheres como por homens, é uma marca de identidade mas serve também uma função protectora, pois dificulta o rapto e conversão forçada de crianças e mulheres, como já tem acontecido no passado.
Segundo Osama, os jihadistas perguntaram “Você é cristão?”, ao que Bassem respondeu que sim. Em seguida os extremistas pediram ao amigo que dissesse o seu nome e mostrasse o pulso. Por se chamar Mohamed, e a ausência de tatuagem, deixaram-no ir.
Sem saber que Osama era irmão de Bassem, pediram-lhe também o nome. Osama é um nome comum entre muçulmanos, oque não levantou suspeita, mas mesmo assim pediram para ver o seu pulso, sem reparar que ele tinha uma cruz tatuada, do outro lado da mão mais acima, escondida pela manga da camisa.
Enquanto Osama saía do local, viu os extremistas atirando em seu irmão na cabeça, deixando-o morto no chão.
“Não podia acreditar no que estava acontecendo com o meu irmão. Caiu ali chão bem na minha frente, não pude fazer nada”, disse Osama, ao World Watch Monitor.
“Perdemos uma pessoa próxima do nosso coração. O meu irmão Bassem era um homem muito bondoso. Tinha uma relação forte com Deus. Estava sempre lendo à Bíblia, e sempre ia à igreja. Todos gostavam dele”, lembra Osama.
Perseguição aos cristãos
A minoria cristã no Egito é alvo frequente de atentados e atos de perseguição. Entre oito e dez milhões, os cristãos coptas são a maior comunidade cristã do Médio Oriente.
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