Poemas duasespadas

Published on agosto 12th, 2013 | by templometal

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Duas espadas

http://longeternalline.net/?p=1496

 

“E depois dele Samá, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram numa multidão, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus.
Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o SENHOR efetuou um grande livramento. ”
2 Samuel 23:11-12

 

I

Afie seus olhos, veja-

o

De cabelos vermelhos como Davi

Surgido e fincado na melhor posição

Seus olhos

Dois planetas tensos em revolução,

Olhos-cataclismas

360 graus

Abarcando

 

Um combatente solitário na tempestade de dardos

Sem medo

Duas espadas

Retalhadoras

Um homem

Feito pela fé

Invencível

Fortaleza inolvidável seu coração

Plantado naquele cimo

Árvore trovejante

A velada flor o subterrâneo orgulho

das tropas de Davi

Capitão de seus valentes

Lótus cujas duas pétalas

Sorvem e retalham

Pés de lentilha hordas

Filistéias

 

E Tudo

O que tocar suas espadas

Hoje, por algum motivo

Tão sobremaneira aguçadas

Transfeitas num estranho bronze

Mais sólido que o medo

Seus braços enchidos, propelidos

Por um poder insano

O cansaço tão distante a dor

Tão distante

            “Ainda que eu morra, Senhor”,

“Conceda-me aliviar meu povo,”

                                                   “Teu povo.”

 

Duas espadas

Estranhamente indestrutíveis

Uma carne

Intocável

Poder que lhe explode pelos poros

A exudar labaredas

“Esforça-me, Senhor Sabaoth”,

“Sustém meu braço”

Sangue feito chama,

“Até que eu tombe

Sobre o último dos

Cadáveres incircuncisos”

 

Duas espadas

Um quilômetro

De cadáveres

 

 

Lembrou-se

Das palavras de sua mãe

E de seu aguilhão,

Os seis dedos de cada mão

Com que nascera:

“Teu pai peregrinará só;

Você é aleijado e não pode entrar

Jamais na Tenda do Tabernáculo”

 

Vislumbrou

A juventude erradia,

A colheita de seus erros…

Lembrou-se também

Das pedradas de seu pai:

“Cão imundo

Lixo opróbrio

Da casa de teu pai

 

                                    Livra minha alma

                      De contemplar outra vez

                                        Tua face; pega

                                   O que é teu e vai.”

 

II

A batalha ruge qual vagalhão, rebenta

Sobre as encrespadas falésias que são suas aleijadas mãos…

Uma centena de filisteus avança

Sobre o promontório

Um círculo perfeito de lâminas

Contra uma única sombra

 

Na liça louca e liricamente imerso,

Sua alma ascende, acessa

Um novo patamar, seu coração é

Iluminado-apreendido pela totalidade significante

De um dos nomes maravilhosos:

Jeová Sabaoth

Jeová Elohim Sabaoth, O Senhor Deus dos Exércitos

“Que treina as minhas mãos para a guerra e os meus dedos para a batalha”*

 

Agora

Ele compreende o que tal nome

Significa, seus membros seus sentidos todos entendem

E, do turbilhão desta gnose, ele lança

Ousadamente uma pergunta uma prece:

“Ah!!!! Conhecerei também o âmago de Teus outros nomes?

Se eu não cair aqui, ó Deus da minha salvação,

Dá-me a entender a tua PAZ uma única vez na vida,

 Ó Jeová Shalom. Que eu alcance em Ti

O sono das espadas,

E que a minha mãe saiba o que aqui eu alcancei.”

…  …  …

 

Doravante saberão

Os cães

Que entre as tribos de Israel

Há um retalhador

 

Um soldado que enfaixa as mãos

E forja suas próprias espadas

 

 

III

Cadmos o único que lhe deu guarita

Cadmos o ferreiro que lhe ensinou

Uma arte

E duas

E seis

A forja e o combate,

A infiltração e o destemor

Mas também poesia e o moldar o barro

Hoje todas elas juntas

Nos ossos de um campeão

Por Israel

Que regozija titânico-apocalíptico

Ao funéreo clangor da trombeta dos filisteus

– Hipnótica melodia que abre o Sheol –

E suas ações se sobrepõem às lembranças,

Ações e lembranças e ações e lembranças

Amontoando-se em frenesi

Como é comum no fim de cada homem

Ele se lembrou

Da caverna em Jope

A caverna do ferreiro Cadmos

E seus imensos braços feitos fortes

Não pelo combate

Mas de malhar o ferro

Se o velho Cadmos

Rompesse nestes campos,

Com sua espada e seu machado!

Não sendo israelita,

Lutaria como o maior de Israel

Viessem também os outros, Bersabé e Hilel,

Os seus companheiros

Aprendizes de ferreiro de Cadmos,

Aprendizes noturnos também

Da estranha arte da guerra

Que o grego trouxe

De após o Levante…

Ah!, Cadmos, involuntário fratricida!

Trânsfuga do Helesponto,

Que forja armas para Davi,

Sem sequer requerer a paga;

Cidadela de refúgio sua caverna, cidadela de refúgio

Seu vário coração

Ah meu nobre mentor desgraçado

Que matou seu irmão

Ao disparar um cego dardo

Como numa tragédia

Que em couros de carneiro

Um dia será escrita

Em sua mesma Grécia, a durar

(a pátria e a lenda)

Enquanto durar esta terra

 

Oh! Pudera eu ver aqui ao meu lado

Os anjos de quem o ancião Matsabé

Lia nas Escrituras, à Porta de Fonte,

Anjos que batalharam

Por Ló em Sodoma…

Mas Davi dorme em Betsaida, três dias daqui;

Meu mentor e irmãos

Labutam na fornalha;

Teus-meus adversários ei-los, mais que uma centena,

E eu só tenho a Ti, só a Ti

Senhor

Lembra-te de mim

Do menor de Davi

O aleijado que não pode entrar na Tenda,

O fugitivo o ladrão

O que esconde as mãos

 

– Ei-las aqui, Senhor,

Hoje eu posso descobri-las de suas faixas

E se pudesse largar um instante as espadas

Ergueria minhas mãos,

Doze dedos em louvor a Ti

– Eis-me aqui, Deus meu!!!!!

 

Meu único fôlego é saber-Te

O Deus que desconstrói impossibilidades

Não envie anjos, mas desça Teus olhos apenas,

Rogo-Te, a este rubro chão e rubro cão;

Esforça a minha perna ferida

E minhas duas espadas

Para que se não despedacem

Pois todas as vezes em que afiei seus gumes

Afiei-os para este dia

Todas as batalhas que combati

Combati para abrir caminho até este campo,

Esta batalha-de-um-só-hebreu:

EIS-ME AQUI

 

IV

Os homens derramam

A sua chuva,

A chuva do homem

É conhecida,

O sangue e o pranto

São a sua chuva.

 

Mas nascerá um Novo Homem

Um outro diferente Adão

Que trará chuvas

De Águas Vivas

E então o pranto não mais,

O pranto nunca mais.

 

E verterá uma vez o Sangue

Para que um Dia

O sangue não mais,

O sangue

Nunca mais.

 

Um Dia, um Dia Total que é um Tempo e é um Templo,

Ambos eternos, abertos

A todos os aleijados como Samá e você  e eu.

 

*Salmos 144.1

 

Do livro DEUS AMANHECER. Leia online ou baixe gratuitamente aqui: http://pt.scribd.com/doc/147090860/Deus-Amanhecer-Sammis-Reachers

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